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salve salve!!

Camisa Di Time

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      N ão é novidade nenhuma que as peita de time de futebol, são parte fundamental das culturas de quebrada, sobretudo no meio do funk, sendo um artigo praticamente onipresente em vários espaços, seja em algum baile de rua, ou algum outro pico dentro da quebrada. A questão é: as camisa de time, estão presentes em nosso cotidiano e fazem parte de nossa formação social.      O futebol é um dos esportes mais praticados nas regiões brasileiras e fazem parte do imaginário social da maioria das mina e dos mano de quebrada, dessa forma, parte dos elementos que cercam o esporte, estão ligados à formas de se vestir e se apresentar dentro das periferias.       Para além de mero gosto estético, o futebol foi compreendido por muito tempo, como uma das pequenas oportunidades de mudar de vida. MC Ryan SP já deu um salve: “E os moleque da quebrada quer ser o Hariel Ou, se pá, que nem o Neymar jogando uma bola E não chutar algemado no banco do céu Faz...

MEDLEYS: O Funk como intelectualidade periférica.

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  Produção orgânica de Política no Funk              Geral já sabe que a periferia produz e consome diversos gêneros musicais, dentre eles, o funk e suas vertentes. Com narrativas do cotidiano, desejos, denúncias e até lazer, os funks são grandes potenciais de produção de consciência política e social. Aqui vamos trocar uma ideia acerca do que é chamado popularmente de “Medley”, funks feitos na rua mesmo, sem equipamento de som, apenas com a mão (palminha) e com a força da voz dos MCs.         E antes de dar opção, cês veio com mó repressão         E agora nóis tomou de volta o Lazer e educação         E o clima hostil a todo estante, então é sem roda gigante, o bonde não tem parasita, nóis só quer os peixe grande         Na madruga nóis tacou, e hoje é bololo,  cinco maluco ...

Letramentos de reexistência: Rap nacional como um movimento de educação e de ressignificações

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                 “Eu só fiz lição de rua, nunca fiz lição de casa (...) / O seu conceito cê explica, o meu conceito eu vivo” com essas colocações, as rappers, compositoras, empresárias e stilysts, Tasha e Tracie Okereke e Bivolt colocam a importância das sabedorias de rua na música “Murda Murda”, assunto que busco colocar aqui, e como o rap forma esse espaço de diálogo com nossas vivências em grandes produções musicais e áudio visuais.                                                                                                 Paulo Freire, reconhecido mundialmente, chama de “Leitura do mundo” o processo pelo qual assimilamos nossa realidade para o desenrolar do aprendizado; basicamente é ...

Bonés de Crochê: Instrumento de beleza e de subversão

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     Os bonés de Crochê são frequentemente usados na cena de São Paulo, e contemplam uma vasta gama de quebradas, sendo usados por grande parte da rapaziada das periferias. Os bonés de crochê desenvolvidos em meados dos anos 90 nunca deixaram de cair no gosto popular, tornando-se um elemento estético e político.       Em um contexto de crise econômica no Brasil (que afetou de forma bruta os moradores das periferias) e o crescimento gradual da população carcerária, nos anos 90, os homens que foram privados de liberdade em presídios passaram a desenvolver e a comercializar as peças de crochê como forma de prestígio e sustento. Os bonés eram recheados de referências externas e internas às realidades dos artistas “marginais”, que colocavam os nomes de suas quebradas, símbolos (como o Tony & Countryou ou o Cifrão), desenhos como Irmãos Metralha ou Tio Patinhas e até mesmo marcas que são referência nas periferias. Inclusive, por conta dessa origem controver...

Bailes Funk: expressão artística das ruas. A estética das favelas em um espaço visto como contracultural

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  Bailes Funk: expressão artística das ruas: A estética das favelas em um espaço visto como contracultural      Pra gente começar essa conversa temos que nos questionar o que é um baile funk, e nada melhor do que a história pra contar esse rolê pra gente. Bom, a cultura dos bailes funk tem suas raízes aqui no Brasil lá no Rio de Janeiro, isso nos anos 60/70, aos poucos o funk foi se espalhando pela cidade do Rio, mas sempre manteve seu caráter de uma produção da periferia e para a periferia (por isso é dhr tirar umas com os boy e com a paty que cola em baile). Embora com esse caráter periférico brasileiro, o funk possuía uma musicalidade estadunidense, já que veio dos EUA. As músicas que eram tocadas aqui eram o funk estadunidense o Soul. FOTO: Black Rio O grande DJ Marlboro foi um dos precursores do funk brasileiro, já que na década de 80 ele passou a agregar elementos nacionais ao funk e passou a tocá-los nos bailes do Rio, e aos poucos o Funk se consolidava como...
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Salve, Família. Primeiramente boa pra nóis. Pra quem não me conhece, me chamo Gustavo, sou cria do Grajaú, extremo sul de São Paulo, tenho 20 anos, sou um jovem preto e estudo História na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Tô aqui realizando um trampo que tenho vontade de fazer já faz uma cota...aqui quero dar espaço às vozes da favela que foram (e são) silenciadas de forma histórica pelo sistema no qual vivemos. Aqui vou trazer nossas vivências de rua, nossas experiências enquanto sujeitos da margem e não pertencentes ao centro. Vamo trocar umas ideias de moda, estilo, música, estética, letramentos etc. Pretendo ascender a chama pra discussões que elevem as ideia, de forma direta e simples. Meu objetivo aqui é mostrar a potência que nóis têm. Como disse o Edi Rock em Otus 500: “A senzala avisou / Mauricinho hoje paga o preço” Agora marcha, caaarai